CÍCERO (106 a.C.-43 a.C.)
Les deux livres de la divination de Ciceron
Paris: Chez Gregoire Dupuis, 1710. – [22],388,[10 p.; 17 cm.
Cota: AL 3008
Marco Túlio Cícero (106-43 a. C.) foi um célebre politico e orador romano.
Oriundo de uma família da classe média abastada, recebeu uma educação privilegiada, primeiro na terra natal e depois em Roma, onde ouviu amiúde o filósofo epicurista Fedro, o académico Filon de Larissa e o estoico Diódoto. A sua preparação jurídica fez-se no Forum , onde ouviu os grandes oradores do seu tempo. Em 79 viajou até à Grécia para completar a sua formação cultural, aí ouviu o filósofo Antíoco em Atenas e o célebre mestre de oratória Demétrio. De volta a Roma, regressou à sua carreira de advogado e de político e conheceu uma ascensão politica rápida: em 69 foi eleito edil curul, depois pretor e finalmente em 63 cônsul. Na eleição para o consulado, Cícero foi ajudado pela má reputação do seu mais direto concorrente, Catilina, contra o qual escreveu as célebres Orationes in Catilinam. Entretanto Cícero foi condenado ao exilio. De regresso do exilio (57), suportou os ataques do tribuno Clódio. A dado momento Cícero encontrou-se sem aliados, entre os ataques daquele tribuno e na luta pelo poder entre César e Pompeu. Depois da derrota deste último e do perdão de César, Cícero continuou a advogar, defendendo artigos partidários de Pompeu. A morte da sua filha Túlia em 45 acentua-lhe a inclinação para a filosofia. Data deste período o De Divinatione. Depois da morte de César, opôs-se ao cesariano Marco António e favoreceu Octaviano. Quando estes se juntaram a Lépido, formando o segundo triunvirato, Cícero foi sacrificado ao ódio de Marco António e enfrentou corajosamente a morte em 7 de Dezembro de 43.
O De Divinatione, publicado em 44 a. C., é um diálogo filosófico de Cícero que trata dos diversos processos de adivinhação conhecidos e praticados na sua época. Esta obra constitui com o De Natura Deorum e o De Fato uma trilogia de textos sobre o sagrado e as práticas e os fenómenos que lhe estão associados. Nela Cícero analisa com ceticismo as diferentes formas de adivinhação, criticando ao mesmo tempo as teorias dos estoicos que a defendem.
O tradutor desta obra ciceroniana para francês é François-Seraphin Régnier-Desmarais, mais conhecido pelo Abbé Régnier, que viveu entre 1632 e 1713.
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NIREL, C. H. (?-?)
Le voyage forcé, ou manière de tirer avantage des circonstances; Tirés des mémoires d’un homme de lettres, qui a fait un long séjour en Angleterre, & en a observé les moeurs & les usages / par C. H. Nirel.
Londres: [s.n.], 1778. – IV, 190 p.; 16 cm.
Cota: AL 1369
É uma das numerosas obras do Abade Laurent Bordelon, que nasceu em 1653 e morreu em Paris em 1730. Foi um teólogo, dramaturgo, poligrafo e utopista progressista francês. À semelhança de todas as obras satíricas do Abade Bordelon, Le Voyage Forcé… é uma obra curiosa e difícil de classificar, na qual um narrador viaja em companhia de Becafort, de quem vai relatando os pensamentos, os discursos e os diálogos; na obra abundam as críticas e as reflexões sobre o progresso social, a independência das mulheres, as ciências ocultas… É uma viagem sem nenhuma consideração sobre a própria viagem, como previne o narrador.
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CONFÚCIO (551 a.C.-479 a.C.)
La morale de Confucius, philosophe de la Chine
Londres: [s.n.], 1783. – 197 p.: 1 frontispicio; 13 cm.
Cota: AL 1548
K’Ung Tzu ou K’Ung Fu Tzu, latinizado em Confucius, foi um filósofo chinês que viveu entre cerca de 555 e 479 a.C. Os seus ensinamentos e as suas ideias, recolhidos por vários discípulos, influenciaram toda a civilização chinesa até aos nossos dias.
As primeiras partes desta obra, que falam sobre Confúcio, são atribuídas geralmente a Jean de La Brune ou a Louis Causin. As 80 máximas de Confúncio e a Carta sobre a moral de Confúncio de Simon Foucher aparecerem separadamente em 1688. Foram publicadas juntas nesta edição de 1783.
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MIRABAUD, Jean-Baptiste de (1675-1760)
Opinions des anciens sur les juifs
Londres: [s. n.], 1769. – [2],238 p. ; 16 cm.
Cota: RES 2557
É uma obra do escritor e tradutor francês Jean-Baptiste de Mirabaud, nascido em Paris em 1675 onde veio a falecer em 1760. Fez os seus estudos nos Oratorianos, escreveu numerosas obras literárias, de história e de filosofia, mas não as publicou. Em 1724 publicou uma tradução da Jerusalém Libertada de Tasso, que suscitou uma grande admiração e pela qual ingressou na Academia francesa. Em 1742 tornou-se secretário perpétuo da Academia, onde se manteve até 1755, quando pediu a demissão.
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SILVIO, Theodosio Eugenio (?-?)
Recreação filosofica: ou dialogo sobre a Filozofia Natural para instrucsão de pessoas curiosas, que não porquentárão as aulas
Lisboa: Na Oficina de Miguel Rodrigues, 1757/1785. – 3 v.: 1 frontispicio, estampas; 18 cm.
Cota: RES 2590
Cota: RES 2591
Cota: RES 2592
Esta obra que é considerada a mais importante do autor Theodosio Eugenio Silvio, abarca praticamente todas as áreas mais importantes da filosofia setecentista, nomeadamente a filosofia natural. O seu autor, sacerdote católico, escritor e filósofo, foi uma das mais importantes figuras do Iluminismo em Portugal.
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ARNAUD, François Thomas Marie de Baculard d’ (1718-1805)
Recreações do homem sensivel: ou collecção de exemplos verdadeiros e patheticos, nos quaes se da hum curso de moral. – Lisboa: Na Of. de Simão Thaddeo Ferreira, 1788. – 4 v.;
Cota: RES 2594
Cota: RES 2595
Cota: RES 2596
É a tradução para português de uma obra de um escritor francês de finais de Setecentos, que na altura era bastante conhecido, mas de quem hoje pouco ou nada se sabe, excetuando o nome: François-Thomas-Maria de Baculard d’Arnaud. Já no que se refere ao tradutor dessa obra para a língua portuguesa, António Morais Silva, é uma figura sobejamente conhecida entre nós, principalmente devido ao Dicionário que é vulgarmente chamado Dicionário de Morais, mas cujo nome autêntico é Dicionário da Língua Portuguesa. António de Morais Silva nasceu no Rio de Janeiro provavelmente em 1756 e morreu no Recife em 1824. Frequentou a Universidade de Coimbra onde se bacharelou em Direito e por causa de um processo inquisitorial que lhe moveram teve de se exilar em Londres, onde trabalhou numa revisão do Dicionário de Bluteau. Regressou a Portugal talvez em 1788, onde publicou em Lisboa a sua versão de uma História de Portugal, escrita por uma sociedade de literatos ingleses. Foi desembargador da Relação da Baía, mas resignou por desentendimentos com o chanceler e foi para Pernambuco, onde adquiriu um engenho e foi nomeado capitão-mor do Recife. Por documentos posteriormente publicados, parece inferir-se que Morais teve inclinações deístas, influenciado por Voltaire, Rousseau, Mirabeau e outros. Em 1817 foi surpreendido pela revolução de Pernambuco e com a noticia de que tinha sido nomeado ministro do governo provisório. Recusou o lugar, por nunca ter tido qualquer ação politica e devido à sua idade e retirou-se para as suas propriedades onde faleceu completamente esquecido. Além do Dicionário e da mencionada História de Portugal, é autor de um Epítome da Gramática Portuguesa e das Recreações do Homem Sensivel…, traduzidas da obra do escritor francês D’Arnaud.
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VINCI, Leonardo da (1452-1519)
Traité de la peinture. – Paris: Chez Deterville, Libraire, 1796. – LIX,333 p.: 1 frontispicio, il., [27] grav.; 20 cm.
Cota: AL 2040
Leonardo da Vinci nasceu em Vinci, na Toscânia em 1452 e morreu em Amboise (França) em 1519.Começou por trabalhar na oficina de Verrochio em Florença. Em 1482 aparece registado na Irmandade de S. Lucas e três anos depois estabelece-se com oficina própria. Em 1482 oferece os seus préstimos ao duque de Milão Ludovico-il-Moro, em cuja corte trabalhou até 1499, data da conquista de Milão pelos franceses. Nos anos seguintes encontra-se sucessivamente em Mântua e em Veneza, de onde regressa a Florença. Vive alguns anos em Roma, até que em 1516 ou 1517 aceita o convite de Francisco I de França e instala-se nesse país até à sua morte. Juntamente com Miguel Ângelo e Rafael, Leonardo da Vinci é considerado um dos três mais importantes expoentes do Renascimento, constituindo o homem típico daquele período histórico, interessado em todos os ramos do conhecimento. O seu verdadeiro interesse parece ter sido a investigação cientifica; os seus estudos de matemática, de hidráulica, de ótica e de anatomia estão reunidos nos seus cadernos que contam para cima de 5000 páginas. A maioria destes cadernos encontra-se na Biblioteca Ambrosiana de Milão, sendo conhecida como o Codex Atlanticus. Dela faz parte o famoso Tratado da Pintura que foi publicado pela primeira vez em França em 1651 e onde Leonardo da Vinci trata de questões técnicas e dos fundamentos do desenho e da pintura.
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BELLUNENSIS, Joannis Pierii Valeriani (1477-1560)
Hieroglyphica, sev de sacris aegyptiorvm, aliarvmque gentivm literis comentarii
Lugdini: Sumptibus Pauli Frelon, 1602. – [16],644,[44] p. : il. ; 39 cm.
Cota: AL 7037
Esta obra é considerada o primeiro dicionário renascentista de símbolos e hieróglifos, foi escrita pelo humanista italiano Piero Valeriano Bolzani (1477-1558), durante um período de grande popularidade à volta dos Hieroglyphica de Horapollo recém-descobertas por essa altura. Inclui também o Sacerdotum Barbis, uma defesa do crescimento da barba por dignitários eclesiásticos, que é tido como um dos primeiros trabalhos ocidentais sobre as barbas.
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LUCHET, Jean-Pierre-Louis de (1740-1792)
Essai sur la secte des Illuminé / Jean-Pierre-Louis de Luchet. – Londres: [s. n.], 1789. – XXIV,176 p. ; 19 cm.
Cota: AL 2302
Este ensaio escrito em 1789 por Jean Pierre Louis de Luchet (1740-1792), conhecido também por Marquês de La Roche du Maine ou Marquês de Luchet, representou uma denúncia dos dirigentes dos Iluminados da Baviera, que controlavam o espaço maçónico europeu em geral e o francês em particular.
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BRANCO, Anselmo Caetano Munhós de Avreu Gusmão e Castello (?-?)
Ennaea, ou applicação do entendimento sobre a pedra philosophal / Branco, Anselmo Caetano Munhos de Abreu Gusmão e Castello (?-?) – Lisboa Occidental: Na nova Officina de Mauricio Vicente de Almeida, 1722/1723. – 2 v. ; 21 cm. – Notas gerais: Offerecida ao Illustrissimo Senhor D. Francisco de Menezes, Conego da Santa Igreja Patriarchal Em rodapé: Com todas as licenças necessarias, e Privilegio Real Obra dividida em parte primeira e parte segunda, encadernada num só exemplar
Cota: RES 2605
Cota: RES 2606
Obra do Doutor Anselmo Caetano Munhoz de Abreu Gusmão e Castelo Branco, natural de Soure, filho do Dr. António Munhoz de Abreu, formado em Cannes, e de Simoa Godinho da Rosa. Estudou latim, matriculando-se depois em Medicina, em que se doutorou. Segundo Barbosa Machado era “ornado de feliz memória, noticia das línguas mais polidas da Europa e não menos versado na lição dos Santos Padres, Sagrada Bíblia, disciplinas Matemáticas e mistérios ocultos da Quimica…”. Entre as várias obras que escreveu, destaca-se a Ennaea (vocabulário grego composto da preposição en e do substantivo nous, com o sentido de aplicação do entendimento). No Prólogo da sua obra, refere-se o autor que tencionava tornar este escrito público, depois de se publicarem outros textos de Enodato, pois queria que fosse como a coroa de toda a sua obra e a exemplo do que fizera Alberto Magno, deveria ser a última a tornar-se pública. Não o tendo conseguido, considera o Dr. Anselmo Caetano ser crédito para Enodato “principiar a impressão dos seus escritos por onde acabou de estampar os seus volumes… Santo Alberto Magno.”
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