Livros Proibidos: A Brincadeira, por Zita Seabra

Em Março de 2015 o projeto Livros Proibidos propôs como obra para reflexão o incontornável Milan Kundera e a sua Brincadeira. A publicação deste primeiro romance, em 1967, acontece, justamente, nas vésperas da Primavera de Praga. O livro constitui basicamente a história de um reencontro, de uma vingança e de uma brincadeira ou provocação traduzida na afirmação “o otimismo é o ópio do género humano! O espírito são tresanda a estupidez! Viva Trotski!” escrita num postal dirigido a uma mulher. O papel acaba nas mãos dos dirigentes do Partido Comunista que o acusam de trotskista, cínico e subversivo. Um retrato crítico e mordaz da imprevisibilidade, brincadeira e equívocos gerados, não só nas relações humanas, mas também na história. Após a invasão de 1968 todos os seus livros foram proibidos e banidos das livrarias e das bibliotecas.

 

Humanista, pensador da liberdade, fragilidade e condição humana e da sua finitude perante os caprichos do devir histórico, os livros de Milan Kundera são obrigatórios como arma de combate a todos os sistemas políticos repressores e fundamentalistas.

 

Nesta sessão propomos o livro e o autor pelo olhar de Zita Seabra, uma das figuras da política portuguesa, foi ilustre parlamentar, dedicando-se, atualmente, à função de editora na conhecida editora Aletheia. A moderação é de Ricardo Costa.

 

Guião de Leitura sobre a obra A Brincadeira de Milan Kundera

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