Em Outubro tivemos mais uma sessão dos Livros Proibidos com O Amante de Lady Chatterly, de D. H. Lawrence. Devido à importância que atribuiu à paixão amorosa nos seus livros onde, muitas vezes, inclui as meticulosas descrições do amor físico, o autor britânico D. H. Lawrence foi causador de acesa controvérsia, no seu tempo. Mais tarde passou a ser visto como alguém que revolucionou a prosa ficcional no século XX. Em 1928, já radicado em Florença, Lawrence publicou o seu mais célebre romance O Amante de Lady Chatterly alvo de sucessivas proibições e cujo texto integral só veio a público em 1959, em Nova Iorque.
A obra incide sobre o relacionamento amoroso entre a mulher de um aristocrata inglês e um guarda-florestal da propriedade. O autor defende abertamente a liberdade sexual como condição essencial para a felicidade, atacando simultaneamente e de forma frontal as convenções sociais. O escritor nasceu em Eastwood, Reino Unido, em 1885 e veio a falecer aos 44 anos após publicação do romance, sem chegar a ver a obra publicada no seu país de origem. Na verdade todos os seus textos envolveram sempre alguma polémica relativa às questões de publicação na pudica Inglaterra, herdeira da moral vitoriana na primeira metade do século XX. Não só foi destruída como não pode ser vendida durante muitos anos pelo seu caráter erótico, da livre vivência do corpo e da sexualidade. Para além disso, coloca a questão da paridade e da igualdade de direitos entre os géneros.
D. H. Lawrence pela voz e o conhecimento da jornalista Paula Moura Pinheiro. A moderação foi de Maria Flor Pedroso.
Guião de Leitura sobre a obra O amante de Lady Chatterly, de D. H. Lawrence
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