Conversas na Aldeia Global: Memórias do Outono Ocidental, por Adriano Moreira

No 9º ciclo de Conversas na Aldeia Global, sob o mote O Futuro da Cidadania, em 2014, vamos debater a importância de redescobrir um sentido reforçado e uma prática renovada do exercício da cidadania, pela defesa dos direitos, liberdades e deveres dos cidadãos.

 

 

Porque está a cidadania em crise? Na verdade os sinais desta crise estão bem evidentes no funcionamento das sociedades ocidentais. A demissão dos cidadãos de exercitarem os seus direitos ou deveres na condução das suas vidas está a permitir que poucos decidam pela vida de muitos. Exemplo disso é o absentismo e a quebra da participação eleitoral. A reflexão e o debate sobre cidadania visa contribuir para a afirmação de pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo, tendo como referência os valores dos direitos humanos. Precisamos de mais igualdade, mais solidariedade e mais participação democrática.  Convidamos personalidades especializadas que estimulem a reflexão sobre a responsabilidade da sociedade civil em democracia. Porque só uma opinião pública bem informada saberá escolher e exigir dos dirigentes políticos soluções duradouras e sustentáveis que defendam os interesses da maioria, sem esquecer as minorias mais desprotegidas.

 

Na quinta-feira, 06 de fevereiro, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras, Adriano Moreira, jurista, político e professor universitário vem refletir sobre as questões da cidadania e dos direitos e deveres sociais, enquadradas por mais um título da sua vasta obra – Memórias do Outono Ocidental: Um Século Sem Bússola. Ao longo de 21 capítulos, disseca um conjunto de considerações por temas como a geração grisalha, o imprevisto do mundo novo, a conjuntura europeia, o século XXI ou a lenta marcha da igualdade dos homens. Adriano Moreira é considerado um dos “senadores” da sociedade portuguesa e assume que a sua intervenção política foi desenvolvida sobretudo por obrigação cívica. É doutor honoris causa por várias universidades, catedrático pela Universidade Técnica de Lisboa, detentor de várias condecorações e de um percurso académico de referência. Foi também um ativo ator político, tendo sido ministro do Ultramar durante o Estado Novo e presidente do Centro Democrático Social (CDS) após o 25 de Abril. É o atual presidente da Academia das Ciências de Lisboa e autor de várias obras ensaísticas e históricas ou de Direito. É colunista do Diário de Notícias.

 

Entrevistas dos leitores da Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras


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