L’esprit de l’encyclopédie, ou choix des articles by Joseph de La Porte (1714-1779)

L’esprit de l’encyclopédie, ou choix des articles. – A Géneve et se trouve à Paris : Chez Briasson, Libraire, 1769. – 4 v. ; 17 cm.

Cota: AL 2156

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Cota: AL 2970

Cota: AL 2971

Enciclopédia é um termo que nos foi transmitido por Quintiliano e por Plínio o Antigo, significando o “conjunto das disciplinas que dão uma educação completa”. Este significado inicial foi substituído pelo de exposição alfabética do conjunto das áreas de saber. Na história das Enciclopédias podem distinguir-se o período antigo, abrangendo a Antiguidade, a Idade Média e grande parte da Idade Moderna (até meados do século XVII) e o período moderno, a partir de então.

 

O primeiro período é caracterizado pelo facto de uma Enciclopédia se apresentar como antologia de saber da altura. Entre as obras de carácter enciclopédico do primeiro período sobressaem a «Historia Naturalis» de Plínio o Antigo e as «Etymologiae» de Santo Isidro de Sevilha. O século XVII assistiu à passagem do estilo clássico ao moderno, com a introdução da ordem alfabética de assuntos. A partir dessa altura os termos Dicionário e Enciclopédia contaminam-se até à simbiose. Entre 1674, data da publicação do «Grand Dictionnaire Historique de Moreri» (AL 985/994) e 1750, data do anúncio da publicação próxima da «Encyclopédie, ou Dictionnaire Raisonné des Sciences, des Arts et des Métiers», dirigida por Diderot e d’Alember, são publicados um número impressionante de dicionários-enciclopédia, onde se destaca a «Cyclopaedia, or na Universial Dictionary of Arts and Sciences de Chamberts» (1728), traduzida em muitas línguas e muito imitada, a começar pela Encyclopédie.

Esta obra monumental foi sendo publicada entre 1751 e 1765 e complementada com 7 volumes de índices; nela colaboraram alguns dos nomes mais famosos da época – Quesnay, Turgot, Buffon, Rousseau, d’Holbach, Condillac, Voltaire e muitos outros. Nas suas páginas não se descuraram as artes mecânicas e os ofícios, para sublinhar a dignidade do artesão e a sua utilidade social. Apesar da perseguição que lhe moveu o poder, a Encyclopédie constituiu um grande êxito de Livraria, com mais de 4300 assinantes. Esse sucesso editorial deveu-se à magnifica realização técnica, à protecção de figuras como a Marquesa de Pompadour e o Primeiro-Ministro Choiseul, à inteligência da propaganda assim como ao espirito da época. Esta obra pretendia mostrar o homem capaz de transformar o Universo, desde que conseguisse libertar-se dos preconceitos controlando pela razão, a religião, a politica e a moral.

 

Após a publicação da grande Encyclopédie de Diderot e d’Alembert, multiplicaram-se as edições de livros bastante mais acessíveis, geralmente com uma selecção de artigos daquela obra monumental. Este livro intitulado «L’Ésprit de L’Encyclopedieau Choix des Articles, les plus Curieux, les plus agréables…de ce Grand Dictionnaire» é um bom exemplo dessas publicações.

 

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Series: Coleção Obras do século XVIII |