Conversas na Aldeia Global: Manifesto para a Ciência em Portugal, por Manuel Heitor e Alexandre Quintanilha

Cumpre-se este ano os 25 anos sobre a apresentação pública do Manifesto que José Mariano Gago, antigo Ministro da Ciência, lançou para a Ciência em Portugal. O Manifesto colocou a Ciência na agenda política nacional, sendo nesta altura de reafirmar que a Ciência é necessária, para todos. A este pretexto, os professores Manuel Heitor e Alexandre Quintanilha promovem um debate sobre a pertinência e a indispensabilidade dos enunciados propostos com aquele Manifesto. No mesmo sentido, será feita também alusão ao Manifesto “O Conhecimento Como Futuro”, encabeçado por Manuel Heitor (IST), Maria Fernanda Rollo (IHC – UNL), António Cunha (UM), João Costa (CL, UNL) e Alexandre Quintanilha (I3s, UP). Pretende-se assim reforçar a indispensabilidade de incentivar o conhecimento como caminho inevitável para o futuro do país.

 

Aos 57 anos, o investigador Manuel Heitor foi nomeado Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do XXI Governo. É Professor Catedrático no Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade Técnica de Lisboa e dirige o “Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Politicas de Desenvolvimento, IN+”, do IST. Foi Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no Governo de Portugal, entre Março de 2005 e Junho de 2011. É doutorado pelo Imperial College de Londres, na área de Engenharia Mecânica, 1985, tendo feito um pós-doutoramento na Universidade da Califórnia em San Diego em 1986. Desempenhou as funções de Presidente-Adjunto do Instituto Superior Técnico entre 1993 e 1998, tendo-se dedicado desde o início dos anos 90 ao estudo de políticas de ciência, tecnologia e inovação, incluindo políticas e gestão do ensino superior. Enquanto secretário de Estado envolveu-se ativamente no aumento do financiamento público e privado para atividades de ciência e tecnologia e na reforma e modernização do ensino superior. Alexandre Quintanilha é um dos mais reputados cientistas portugueses com reconhecimento internacional. Depois de se ter licenciado e doutorado em Física Teórica, reorientou a sua carreira científica para a Biologia, tendo permanecido na Universidade de Berkley durante 20 anos. Fixou-se no Porto em 1991, onde integrou o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, desde 1997, e dirigiu o Instituto de Biologia Molecular e Celular. Alexandre Quintanilha entrou na vida política após a reforma como docente e investigador universitário, em 2015, foi eleito deputado pelo Partido Socialista nas recentes eleições legislativas e nomeado presidente da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.

 

Entrevistas aos leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras


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