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Conversas na Aldeia Global: Comunicação social e entendimento global, por Júlia Pinheiro e António Mateus

O 11º ciclo de “Conversas na Aldeia Global” termina com um painel de excelência. Convidamos a apresentadora televisiva Júlia Pinheiro e o jornalista António Mateus para uma reflexão sobre os contributos dos canais de comunicação social na promoção do diálogo, da reconciliação e da compreensão internacional.

 

A existência de órgãos noticiosos livres e responsáveis é essencial para a democratização da sociedade e pluralismo da expressão de opiniões. Na atual sociedade de informação e conhecimento, os meios de comunicação promovem a fusão perfeita entre informação e entretenimento, nomeadamente, através do espetáculo televisivo, abordam os domínios da economia, da política e da cultura, e influenciam o quotidiano. Desta feita, os órgãos de comunicação são determinantes na promoção dos direitos humanos e no reforço da paz.

 

António Mateus, escritor e jornalista, foi repórter e correspondente da agência de notícias portuguesa LUSA e da cadeia de televisão estatal, RTP, em Moçambique e Joanesburgo desde 1986. Acompanhou Nelson Mandela durante uma década (desde a libertação deste até à sua retirada da vida pública). Nos anos em que esteve destacado na África Austral, cobriu diariamente os desenvolvimentos das guerras civis em Angola e Moçambique e respetivos processos de paz, as negociações para a retirada cubana de Angola, independência da Namíbia e o fim do apartheid na África do Sul. Ainda, como correspondente na África do Sul, entrevistou dezenas de personalidades mundiais, como os Prémios Nobel da Paz Nelson Mandela, Desmond Tutu e Frederik de Klerk, Ahmed Kathrada e Graça Machel. Foi o primeiro conselheiro de comunicação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e é atualmente coordenador e apresentador do programa Olhar o Mundo, na RTP. Publicou o primeiro livro para jovens leitores sobre o grande estadista e prémio Nobel da Paz: “Mandela, o Rebelde Exemplar”, também “Mandela: a construção de um homem” e, mais recentemente, “Angola – O Regresso do Fim do Mundo”.

 

Júlia Pinheiro, apresentadora de televisão, iniciou a sua carreira na Radiotelevisão Portuguesa. Em 1992, ingressou na SIC. Entre outros programas, apresentou a “Praça Pública” (1992-1996), a polémica “Noite da Má Língua” (1994-1997) e a “SIC 10 Horas” (1999-2001). Entretanto, em setembro de 2001 passou a apresentar as “Noites Marcianas”. Posteriormente, já na TVI, onde exerceu as funções de subdiretora de Programação, deu vida ao programa “Eu Confesso” (2003) e foi a apresentadora carismática do programa de entretimento – reality show “Quinta das Celebridades” (2004 e 2005) e da “Secret Story – Casa dos Segredos” (1ª edição, 2010). Em Janeiro de 2011 regressou à SIC para assumir o cargo de Diretora de Formatação de Conteúdos e onde se estreou com o programa diário Querida Júlia (2011-2014). Atualmente divide o programa Queridas Manhãs (2014) com João Paulo Rodrigues. Paralelamente à atividade de apresentadora, Júlia Pinheiro tem vários livros escritos sendo “Não sei nada sobre o amor” (2009, Esfera dos Livros) o seu primeiro romance. O livro “O Que Diz… Júlia” (2001, Texto Editores), uma compilação das suas crónicas na revista Máxima. O mais recente livro é Um “Castigo Exemplar” (2015, Esfera dos Livros). Leciona no curso de pós-graduação em Televisão da Universidade Autónoma de Lisboa e lançou este ano a revista digital: www.julia.PT.

 

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Conversas na Aldeia Global: E se os Muros Falassem? por José Milhazes

No mês em que se assinala o período histórico da Revolução Russa, as Conversas na Aldeia Global contam com o jornalista e historiador português José Milhazes.

 

A longa permanência na União Soviética e, depois, na Rússia, permitiu-lhe assistir e participar num dos períodos mais conturbados do séc. XX: a queda da “cortina de ferro” e a formação de novos Estados no Leste da Europa. Neste sentido,  numa data em que já serão conhecidos os resultados das eleições presidenciais nos Estados Unidos, vem debater as questões que caracterizam os tempos atuais na Rússia e na Europa, bem como as relações entre Moscovo e Washington, as situações de conflito que marcam a atuação em sociedade e refletir sobre a forma de chegar a soluções justas e pacíficas que contribuam para o entendimento entre culturas.

 

José Milhazes é licenciado em História da Rússia pela Universidade Estatal de Moscovo (Lomonossov) em 1984 e doutorado pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 2008. Entre 1989 e 2015, trabalhou como correspondente de vários órgãos de informação nacionais e internacionais na Rússia e na Comunidade dos Estados Independentes. Autor de numerosos artigos e livros sobre as relações entre Portugal e a Rússia, sobre a política da URSS nas ex-colónias portuguesas de África e sobre as relações entre o Partido Comunista Português e o Partido Comunista da União Soviética. Lecionou em várias universidades russas e portuguesas. Atualmente, é comentador de assuntos internacionais da SIC e RDP e responsável pelo blogue Da Rússia. Cavaleiro da Ordem de Santa Maria (Estónia) e Comendador da Ordem do Mérito (Portugal). Entre outras obras publicadas, editou recentemente “A Mensagem de Fátima na União Soviética-Rússia”.

 

 

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Conversas na Aldeia Global: A cultura na vida de todos os dias, por Jorge Barreto Xavier

Jorge Barreto Xavier conversa sobre a sua mais recente obra “A Cultura na Vida de Todos os Dias”. O acesso à informação, à educação e à cultura é parte integrante do percurso para a sustentabilidade. A cultura tem um papel preponderante “na vida de todos os dias” como ponte para o conhecimento e para a criação de uma sociedade informada e sustentável. Nas suas diversas formas, é um elemento central dos desafios contemporâneos e elemento necessário (se bem que não suficiente) da construção pessoal e social.

 

Jorge Barreto Xavier nasceu em Goa em 1965. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, pós-graduou-se em Gestão das Artes pelo INA e fez o diploma de Estudos Avançados em Ciência Política da Universidade Nova de Lisboa. Tem dedicado a sua atividade profissional às relações entre Cultura, Educação e Sociedade Civil. Entre 2008 e 2010 exerceu o cargo de diretor-geral das artes no Ministério da Cultura. Anteriormente já havia sido Vereador da Câmara Municipal de Oeiras, com os Pelouros da Cultura, Juventude e Defesa do Consumidor (2003/05), tal como também membro do Conselho de Administração do Instituto Português da Juventude (1999/02) e, entre outras funções exercidas, consultor do Ministério da Cultura (2002).

 

Em 1986 fundou o Clube Português de Artes e Ideias que presidiu até 2002. Em Abril de 2011 começa a colaborar com o Programa Escolhas, do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) e em Setembro de 2011 torna-se professor auxiliar convidado do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, onde ensina Políticas Públicas da Cultura e Gestão das Indústrias Criativas. Em Outubro de 2012 assumiu a responsabilidade governativa de Secretário de Estado da Cultura, missão que exerceu até ao fim do mandato do XIX Governo Constitucional, em Outubro de 2015. Regressou em 2016 ao ISCTE-IUL, para concluir a tese de doutoramento, lecionar, e dirigir o Programa Cultura, Desenvolvimento e Sociedade.

 

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Conversas na Aldeia Global: O Diálogo inter-religioso, por Abdool Vakil, Esther Mucznick e Frei Bento Domingues

Sob o mote “O Diálogo Inter-religioso” reuniu-se três membros e estudiosos das comunidades religiosas mais influentes em Portugal, a judaica, a católica e muçulmana, para participar numa discussão sobre a forma como o diálogo pode contribuir para o entendimento entre culturas e sociedades. Em paralelo, cruzam-se alguns temas da atualidade, como o drama dos refugiados do Médio Oriente ou os ataques terroristas.

 

Abdool Karim Vakil, gestor e economista, é presidente da comunidade islâmica de Lisboa e participa regularmente em conferências e seminários inter-religiosos.

 

Esther Mucznik, é vice-presidente da Comunidade Israelita de Lisboa e fundadora em 1994 da Associação Portuguesa de Estudos Judaicos. É presidente e fundadora da Memoshoá, co-fundadora do Fórum Abraâmico de Portugal para o diálogo inter-religioso e membro da Comissão Nacional de Liberdade Religiosa e tem publicado numerosos artigos e trabalhos sobre as questões judaicas.

 

Frei Bento Domingues, frade dominicano, pregador, professor, teólogo e cronista do Público. Lecionou Teologia da Inculturação em várias dioceses de Moçambique e dirigiu a edição dos Cadernos de Estudos Africanos, assim como Cursos de Reciclagem Teológica para missionários e animadores de comunidades (anos 80).

 

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Conversas na Aldeia Global: O Espetáculo Desportivo no Mercado Global, por José Manuel Constantino, Nuno Barreto e Susana Feitor

“O Espetáculo Desportivo no Mercado Global” reúne um painel de discussão sobre a capacidade e força do desporto em mobilizar pessoas e vontades, ao serviço não só do espetáculo e de uma economia própria e legítima, mas também de causas sociais, de dimensão e alcance igualmente universais.

 

José Manuel Constantino, atual Presidente do Comité Olímpico (COP), é licenciado em Educação Física e Desporto, pelo Instituto Nacional de Educação Física – Faculdade de Motricidade Humana. Foi docente do Ensino Universitário (1994/2002) e tem um currículo marcante, sempre ligado ao desporto. Presidiu à Confederação do Desporto de Portugal, entre 2000 e 2002, ao Instituto do Desporto de Portugal, entre 2002 e 2005, e foi membro do Conselho Superior do Desporto, entre 2001 e 2005.  É membro do Conselho de Representantes da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto desde 2010.

 

Nuno Barreto pertence à lista mundial de velejadores de topo com base nos bons resultados, como são exemplo os 2 títulos europeus, a medalha de bronze nos Jogos, medalha de prata num campeonato do mundo entre muitos outros títulos em países diferentes. Participou em três olimpíadas – Atlanta, Sidney e Atenas – fazendo dupla com Hugo Rocha nas duas primeiras e com Diogo Cayolla na terceira. Conquistou uma Medalha de Bronze na classe 470 e um 16º e 15º na classe Tornado.

 

Susana Feitor é sobejamente conhecida da Marcha Atlética Feminina nacional. Estreou-se nos Jogos Olímpicos em 1992, em Barcelona, tendo o seu melhor resultado sido alcançado em Atlanta, em 1996, onde foi 13ª. Ao longo da carreira somou resultados internacionais de enorme relevo, como o bronze nos Mundiais de Helsínquia em 2005, ou o bronze no Campeonato da Europa de Budapeste em 1998. Foi ainda campeã do Mundo e da Europa em juniores, no início da década de 90. Tem mantido um papel sempre interventivo como dirigente, enquanto presidente da Comissão de Atletas Olímpicos (CAO) entre 2002 e 2005, mantendo-se na Direção deste órgão até à data de hoje.

 

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Conversas na Aldeia Global: O Que Vejo e Não Esqueço, por Catarina Furtado

As Conversas na Aldeia Global contaram em março com a apresentadora de televisão, atriz e autora, Catarina Furtado, que assumiu, em 2000, o compromisso de Embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA).

 

“O que vejo e não esqueço” é o título da sua última obra (2015), na qual relata seu percurso de cidadã e voluntária, envolvendo os leitores na importância da solidariedade e da incursão no mundo do voluntariado. Nos últimos anos, tem mantido como principal missão, entre outras, a defesa de temáticas de saúde materno-infantil e de todas as formas de discriminação e violência sobre as mulheres e jovens, em defesa dos direitos humanos, sobretudo das populações mais vulneráveis e em risco, e contra as desigualdades sociais. Catarina Furtado é formada pela Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa. Estudou jornalismo no Cenjor e Teatro e Cinema em Londres.

 

Produziu séries de documentários televisivos que apoiaram na divulgação de questões da saúde e juventude em países como Cabo Verde, Guiné, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Em 2005 foi condecorada Comendadora pela Ordem de Mérito pelo então Presidente Jorge Sampaio. Em 2010, foi considerada Campeã dos Objetivos do Milénio (ODM) pela ONU. Em 2012, fundou a Corações com Coroa, uma associação sem fins lucrativos e organização não-governamental para o desenvolvimento (ONGD) destinada a combater a desigualdade de oportunidades.

 

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Conversas na Aldeia Global: Refugiados – que desafios para Portugal e a Europa?, por Rui Marques

Rui Marques vem abordar as questões da migração internacional e da globalização. As migrações estão na ordem do dia, em particular associadas ao incremento de conflitos armados e à rápida desestruturação social nos países do Médio Oriente, originando um êxodo massivo de pessoas que arriscam a vida na esperança de reconstruir um futuro melhor. Assim, com o fluxo humano de refugiados para a Europa e contra todas as dificuldades, é necessário elaborar e por em prática políticas de integração. Estas populações são vulneráveis a todas as formas de domínio, como o preconceito, a segregação e a discriminação étnica, cultural ou religiosa.

 

Rui Marques dirige atualmente o Instituto Padre António Vieira. Ao longo da sua vida esteve envolvido quer em organizações da sociedade civil, em temáticas como a autodeterminação de Timor-Leste (Lusitânia-Expresso e Associação 12 de Novembro) ou a integração de pessoas sem-abrigo (CAIS), quer em funções públicas (Alto-comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural e coordenador nacional do Programa Escolhas) ou ainda em atividades empresariais (como a Fórum Estudante ou a Fórum Multimédia). Recentemente tem animado a Plataforma de Apoio aos Refugiados. Fez estudos em Medicina, Ciências da Comunicação e Sociologia, sendo que hoje se foca na temática dos problemas sociais complexos e de modelos de governação integrada.

 

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Conversas na Aldeia Global: Alterações Globais – Os desafios e os riscos presentes e futuros, por Filipe Duarte Santos

No rescaldo da 21ª Cimeira do Clima em Paris, o Professor Filipe Duarte Santos inicia o novo ciclo de Conversas na Aldeia Global e debate o tema das alterações climáticas.

 

Filipe Duarte Santos é um dos mais reputados especialistas mundiais na investigação das Ciências do Ambiente e Alterações Climáticas. É Professor do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, desde 1979. Atualmente é diretor do Programa Doutoral em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Lisboa e Universidade Nova de Lisboa. É review editor do 5º Relatório do IPCC e Vice-Presidente da Comissão das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço Exterior. Em 2014 foi nomeado pelo Secretário de Estado do Ambiente Coordenador do Grupo de Trabalho para o Litoral, que teve como objetivo fazer uma avaliação da Estratégia de “Gestão da Zona Costeira Nacional” e levar a cabo uma reflexão sobre a problemática das zonas costeiras vulneráveis à erosão em cenários de alterações climáticas. Coordena e participa em vários projetos nacionais e internacionais nas áreas da Física, Alterações Globais e Adaptação e Mitigação às Alterações Climáticas. Atualmente faz parte do Grupo de Investigação CCIAM (Climate Change Impacts, Adaptation and Modelling), recentemente integrado no “Centre for Ecology, Evolution and Environmental Changes – cE3c”, Unidade de Investigação da FCUL.

 

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Conversas na Aldeia Global: Manifesto para a Ciência em Portugal, por Manuel Heitor e Alexandre Quintanilha

Cumpre-se este ano os 25 anos sobre a apresentação pública do Manifesto que José Mariano Gago, antigo Ministro da Ciência, lançou para a Ciência em Portugal. O Manifesto colocou a Ciência na agenda política nacional, sendo nesta altura de reafirmar que a Ciência é necessária, para todos. A este pretexto, os professores Manuel Heitor e Alexandre Quintanilha promovem um debate sobre a pertinência e a indispensabilidade dos enunciados propostos com aquele Manifesto. No mesmo sentido, será feita também alusão ao Manifesto “O Conhecimento Como Futuro”, encabeçado por Manuel Heitor (IST), Maria Fernanda Rollo (IHC – UNL), António Cunha (UM), João Costa (CL, UNL) e Alexandre Quintanilha (I3s, UP). Pretende-se assim reforçar a indispensabilidade de incentivar o conhecimento como caminho inevitável para o futuro do país.

 

Aos 57 anos, o investigador Manuel Heitor foi nomeado Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do XXI Governo. É Professor Catedrático no Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade Técnica de Lisboa e dirige o “Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Politicas de Desenvolvimento, IN+”, do IST. Foi Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no Governo de Portugal, entre Março de 2005 e Junho de 2011. É doutorado pelo Imperial College de Londres, na área de Engenharia Mecânica, 1985, tendo feito um pós-doutoramento na Universidade da Califórnia em San Diego em 1986. Desempenhou as funções de Presidente-Adjunto do Instituto Superior Técnico entre 1993 e 1998, tendo-se dedicado desde o início dos anos 90 ao estudo de políticas de ciência, tecnologia e inovação, incluindo políticas e gestão do ensino superior. Enquanto secretário de Estado envolveu-se ativamente no aumento do financiamento público e privado para atividades de ciência e tecnologia e na reforma e modernização do ensino superior. Alexandre Quintanilha é um dos mais reputados cientistas portugueses com reconhecimento internacional. Depois de se ter licenciado e doutorado em Física Teórica, reorientou a sua carreira científica para a Biologia, tendo permanecido na Universidade de Berkley durante 20 anos. Fixou-se no Porto em 1991, onde integrou o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, desde 1997, e dirigiu o Instituto de Biologia Molecular e Celular. Alexandre Quintanilha entrou na vida política após a reforma como docente e investigador universitário, em 2015, foi eleito deputado pelo Partido Socialista nas recentes eleições legislativas e nomeado presidente da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.

 

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Conversas na Aldeia Global: Os Marcianos somos nós, por Nuno Galopim e A. M. Galopim de Carvalho

Será possível habitar Marte? O robot Curiosity aterrou em Marte em agosto de 2012 e contribuiu para a descoberta de elementos que comprovam um ambiente favorável à vida microbiana. Mais recentemente, outra sonda enviada pela NASA, a orbitar Marte desde 2006, forneceu dados que suportam a eventual existência de água líquida salgada. Como adiantou Carl Sagan, para contar a história de Marte temos de juntar a ciência e a imaginação. Nuno Galopim cruza diferentes visões ficcionadas, desde a do escritor H. G. Wells, no clássico A Guerra dos Mundos, à do escritor norte-americano Ray Bradbury, autor das Crónicas Marcianas, que antecipou que os marcianos somos nós, mas só quando lá chegarmos… São agora os humanos que ambicionam fazer do quarto planeta do sistema solar a sua nova casa. Mas a utopia que ao longo do tempo tem sido imaginada, será possível? Teremos aprendido com os muitos erros cometidos na história de dez mil anos de civilização na Terra? E qual a probabilidade de mudar e moldar Marte à nossa imagem e necessidades?

 

Tendo por base o mais recente livro de Nuno Galopim – Os Marcianos Somos Nós, convidamos o autor e o seu pai, o professor A. M. Galopim De Carvalho, para um debate através do paralelismo entre a vida em Marte e as teorias sobre a evolução da vida na Terra.
Nuno Galopim começou por projetar um futuro na ciência, mas o jornalismo, a rádio e, sobretudo, a música e o cinema falaram mais alto. Tem 25 anos de carreira na rádio e na imprensa, tem trabalhado na música, cinema e livros, com destaque para a estreia, enquanto aluno de Geologia, com Vida e Morte dos Dinossáurios, em co-autoria com o pai. É autor dos blogues Sound + Vision e Máquina de Escrever.

A. M. Galopim de Carvalho, é professor catedrático jubilado pela Universidade de Lisboa. É autor de livros, entre científicos, pedagógicos, de divulgação científica e de ficção e memórias. Como cidadão interventor, em defesa da Geologia e do património geológico, publicou mais de 150 artigos de opinião. Foi diretor do Museu Nacional de História Natural, entre 1993 e 2003. Foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada e distinguido pela Casa da Imprensa com o prémio “Bordalo” para a Ciência, em 1994. É autor do blog Sopa de Pedra e membro do De Rerum Natura.

 

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