Livros Proibidos: Vinhas da Ira, por Francisco Louçã

Em 19 de Fevereiro de 2014 teve inicio o projeto Livros Proibidos. Trata-se de um Ciclo de Conversas com nove sessões anuais, a realizar de Fevereiro a Dezembro de 2014 e que irá contar com a participação de três das figuras mais conhecidas do jornalisno e da televisão portuguesa no papel de moderadores. Falamos de Ricardo Costa, Nicolau Santos e Maria Flor Pedroso.

 

O objetivo é refletir sobre um dos temas mais transversais da história do livro e da leitura: a censura. Um tema que espelha apenas um problema comum e milenar: a natureza do Homem e das suas paixões. Assim, todos os meses teremos uma obra em análise que constitua um exemplo paradigmático de proibição na história do pensamento pela mão de um conjunto de prestigiados convidados e com a mediação e mestria de um dos nossos moderadores.

 

Começaremos com a Literatura no Século XX e uma das obras mais emblemáticas neste universo: As Vinhas da Ira, de John Steinbeck, editado em 1939, um épico sobre o sofrimento humano, situado temporalmente na Grande Depressão de 1929. Trata-se de uma das obras mais lidas e discutidas de um dos mais célebre escritores norte-americanos. A celeuma que este livro provocou nos Estados Unidos foi imensa e deu origem, inclusive, a investigações do FBI. Foi banido de dezenas de Bibliotecas (que apesar de serem os guardiões da memória, foram também, bastas vezes, protagonistas do processo de destruição de livros) e queimado na praça pública por populações indignadas. Contudo, todos estes factos não impediram que lhe concedessen o mais importante prémio literário que existe nesse país: o Prémio Pulitzer em 1940. Ganhou, ainda, elogios públicos da primeira-dama Eleanor Roosevelt e ficou imortalizado no cinema pela mão do inimitável John Ford. Steinbeck foi também galardoado com o Prémio Nobel em 1962.

Guião de Leitura sobre a obra Vinhas da Ira, de John Steinbeck


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